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domingo, 26 de maio de 2013

24/05/2013 16h51 - Atualizado em 25/05/2013 14h31

Mistério, demissões e briga: Ramon 



some dos treinos da Cabofriense

Sem jogar há quase um mês, meia discutiu com goleiro em treino, que foi demitido com treinador. Fontes apontavam Ramon como possível técnico

Por Chandy Teixeira e Tébaro SchmidtCabo Frio, RJ

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Procura-se Ramon na Cabofriense. Sem entrar em campo desde o dia 27 de abril, quando a equipe foi derrotada na final do primeiro turno da Série B do Carioca para o Bonsucesso, o meio-campo, conhecido do futebol brasileiro, nem sequer comparece mais aos treinamentos. O motivo, apontam fontes no clube, seria uma sucessão de problemas acarretados por uma briga de Ramon com o goleiro Cléber durante o treinamento, a ambição do meio-campo em ser treinador da equipe e até mesmo salários atrasados.
Os problemas começaram com o então técnico Roy balançando no cargo. O trabalho do comandante começou a ser questionado após a derrota na final da Taça Santos Dumont para o Bonsucesso. O principal investidor do clube culpou o técnico pelo vice-campeonato. Apesar do bons números à frente da Cabofriense, a demissão de Roy era uma questão de tempo. Nos bastidores do clube, a informação era de que Ramon almejava ser o treinador da equipe.
Ramon comemora gol pela Cabofriense 2 (Foto: Léo Borges)Ramon comemora gol pela Cabofriense (Foto: Léo Borges)
- A última partida em que ele (Ramon) jogou foi na final do primeiro turno, contra o Bonsucesso. Depois disso, ele alegou dores no tendão e foi poupado. Não o relacionei em nenhuma das três primeiras partidas do returno. Ele estava no departamento médico se tratando - conta o ex-técnico Roy.
Coincidentemente, Ramon foi liberado do departamento médico do clube no dia da demissão de Roy do comando da Cabofriense, no dia 10 maio, às vesperas da partida contra o America de Três Rios, pela terceira rodada da Taça Corcovado. Mais cedo, naquele mesmo dia, Ramon e Cleber, goleiro reserva da Cabofriense, discutiram durante o treinamento após uma jogada mais ríspida. Os dois chegaram a trocar empurrões, mas foram separados pelos colegas. As informações sugerem que Ramon, que estava sendo estudado para o cargo, foi preterido. O meio-campo desde então não entrou em campo. Ao contrário de Ramon, Cleber era um dos jogadores de confiança do técnico Roy.

Toninho Andrade, que assumiu o cargo de treinador, confirma que foi procurado somente na sexta-feira, dia da demissão de Roy, às pressas. Menos de 24h depois do primeiro contato, Toninho já estava sendo apresentado. Além disso, comandou a equipe no mesmo dia contra o América de Três Rios.
- O Cleber foi campeão comigo em outros clubes. Trabalhei com ele no Bangu, no Resende e no Madureira. Gosto de trabalhar com ele, é um jogador da minha confiança, assim como são o Medina, Eberson, André Oliveira e muitos outros ali dentro. Ele (Ramon) só voltou a treinar normalmente no dia em que eu fui demitido. Não sei se o problema era eu, tem que perguntar a ele. Nossa relação era normal, treinador-jogador. Não tínhamos relação de amizade - revela Roy.
- Minha chegada aqui foi totalmente de repente. O clube entrou em contato comigo somente depois que o Roy foi demitido. A demissão do Roy aconteceu numa sexta. No sábado, o clube me contatou, eu fui a Cabo Frio e acertei tudo - confirmou Toninho.- Ainda não estou apto para jogar. Estou com dores no tendão, além de outros problemas. Estou esperando o presidente Valdemir voltar para resolver uns assuntos com ele. Não vou ao clube há alguns dias - resumiu Ramon, sem entrar na polêmica. O jogador, assim como todo o elenco, está com dois meses de salários atrasados.Ramon se defende e diz que ainda sente dores no tendão do tornozelo direito. Entretanto, o meio-campo também fala sobre problemas extra-campo que precisam ser tratados com o presidente do clube, Valdemir Mendes, que estava em viagem particular pela Europa desde o início do mês. Por telefone, o jogador falou sobre o fato de estar longe da Cabofriense, mas quando questionado sobre os problemas internos, a ligação caiu.
Valdemir Mendes, presidente da Cabofriense (Foto: Andreia Maciel / Divulgação)Valdemir Mendes, presidente da Cabofriense
(Foto: Andreia Maciel / Divulgação)
Por outro lado, o departamento médico do clube nega que Ramon esteja realizando qualquer tipo de tratamento dentro da Cabofriense.
- Não tenho autorização para falar. Só posso dizer que no departamento médico, ele não está - disse Dennis Rodrigues, fisioterapeuta da Cabofriense.
Sobre o caso, o presidente da Cabofriense, Valdemir Mendes, decidiu também fugir do assunto e foi categórico na declaração:
- Não posso falar sobre isso enquanto não sentar e me reunir com o advogado do Ramon - se esquivou o presidente.
O GLOBOESPORTE.COM entrou em contato novamente com o meio-campo Ramon, mas sem sucesso. O goleiro Cleber não foi localizado para comentar a briga.

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