Mistério, demissões e briga: Ramon
some dos treinos da Cabofriense
Sem jogar há quase um mês, meia discutiu com goleiro em treino, que foi demitido com treinador. Fontes apontavam Ramon como possível técnico
2 comentários
Procura-se Ramon na Cabofriense. Sem entrar em campo desde o dia 27 de abril, quando a equipe foi derrotada na final do primeiro turno da Série B do Carioca para o Bonsucesso, o meio-campo, conhecido do futebol brasileiro, nem sequer comparece mais aos treinamentos. O motivo, apontam fontes no clube, seria uma sucessão de problemas acarretados por uma briga de Ramon com o goleiro Cléber durante o treinamento, a ambição do meio-campo em ser treinador da equipe e até mesmo salários atrasados.
Os problemas começaram com o então técnico Roy balançando no cargo. O trabalho do comandante começou a ser questionado após a derrota na final da Taça Santos Dumont para o Bonsucesso. O principal investidor do clube culpou o técnico pelo vice-campeonato. Apesar do bons números à frente da Cabofriense, a demissão de Roy era uma questão de tempo. Nos bastidores do clube, a informação era de que Ramon almejava ser o treinador da equipe.
- A última partida em que ele (Ramon) jogou foi na final do primeiro turno, contra o Bonsucesso. Depois disso, ele alegou dores no tendão e foi poupado. Não o relacionei em nenhuma das três primeiras partidas do returno. Ele estava no departamento médico se tratando - conta o ex-técnico Roy.
Coincidentemente, Ramon foi liberado do departamento médico do clube no dia da demissão de Roy do comando da Cabofriense, no dia 10 maio, às vesperas da partida contra o America de Três Rios, pela terceira rodada da Taça Corcovado. Mais cedo, naquele mesmo dia, Ramon e Cleber, goleiro reserva da Cabofriense, discutiram durante o treinamento após uma jogada mais ríspida. Os dois chegaram a trocar empurrões, mas foram separados pelos colegas. As informações sugerem que Ramon, que estava sendo estudado para o cargo, foi preterido. O meio-campo desde então não entrou em campo. Ao contrário de Ramon, Cleber era um dos jogadores de confiança do técnico Roy.
Toninho Andrade, que assumiu o cargo de treinador, confirma que foi procurado somente na sexta-feira, dia da demissão de Roy, às pressas. Menos de 24h depois do primeiro contato, Toninho já estava sendo apresentado. Além disso, comandou a equipe no mesmo dia contra o América de Três Rios.- O Cleber foi campeão comigo em outros clubes. Trabalhei com ele no Bangu, no Resende e no Madureira. Gosto de trabalhar com ele, é um jogador da minha confiança, assim como são o Medina, Eberson, André Oliveira e muitos outros ali dentro. Ele (Ramon) só voltou a treinar normalmente no dia em que eu fui demitido. Não sei se o problema era eu, tem que perguntar a ele. Nossa relação era normal, treinador-jogador. Não tínhamos relação de amizade - revela Roy.
- Minha chegada aqui foi totalmente de repente. O clube entrou em contato comigo somente depois que o Roy foi demitido. A demissão do Roy aconteceu numa sexta. No sábado, o clube me contatou, eu fui a Cabo Frio e acertei tudo - confirmou Toninho.- Ainda não estou apto para jogar. Estou com dores no tendão, além de outros problemas. Estou esperando o presidente Valdemir voltar para resolver uns assuntos com ele. Não vou ao clube há alguns dias - resumiu Ramon, sem entrar na polêmica. O jogador, assim como todo o elenco, está com dois meses de salários atrasados.Ramon se defende e diz que ainda sente dores no tendão do tornozelo direito. Entretanto, o meio-campo também fala sobre problemas extra-campo que precisam ser tratados com o presidente do clube, Valdemir Mendes, que estava em viagem particular pela Europa desde o início do mês. Por telefone, o jogador falou sobre o fato de estar longe da Cabofriense, mas quando questionado sobre os problemas internos, a ligação caiu.
Por outro lado, o departamento médico do clube nega que Ramon esteja realizando qualquer tipo de tratamento dentro da Cabofriense.
- Não tenho autorização para falar. Só posso dizer que no departamento médico, ele não está - disse Dennis Rodrigues, fisioterapeuta da Cabofriense.
Sobre o caso, o presidente da Cabofriense, Valdemir Mendes, decidiu também fugir do assunto e foi categórico na declaração:
- Não posso falar sobre isso enquanto não sentar e me reunir com o advogado do Ramon - se esquivou o presidente.
O GLOBOESPORTE.COM entrou em contato novamente com o meio-campo Ramon, mas sem sucesso. O goleiro Cleber não foi localizado para comentar a briga.
Nenhum comentário:
Postar um comentário