28/05/2014 20:54
São 6.890 novos empreendedores na cidade contra 91 em 2009.
Mulheres entre 35 e 45 anos são as que mais regularizam o negócio.
Comente agora
O número de microempreendedores individuais em Macaé, no interior do estado do Rio, tem crescido nos últimos anos, segundo números da Casa do Empreendedor, órgão ligado ao Fundo Municipal de Desenvolvimento Econômico e Social (Fumdec). Em 2014, foram realizados 1.944 atendimentos e concedidos 29 microcréditos. Comércio varejista de vestuário e acessórios é o ramo de atividade com maior número de empreendedores da cidade, com 624 lojistas. Salões de beleza estão em segundo lugar no ranking, com 550 unidades.
Em 2009, Macaé registrava 91 microempreendimentos. Em março deste ano foram contabilizados 6.860. As mulheres entre 35 e 45 anos lideram o ranking das solicitações de novos microcréditos e são as que mais buscam capacitação na Casa do Empreendedor.
Por conta disso, a Casa do Empreendedor foi criada com objetivo de ajudar os microempresários a regularizar o negócio, qualificar a mão de obra oferecendo cursos em parceria com o Sebrae e conceder microcrédito individual.
Neste ano já foram concedidos 29 microcréditos em quatro meses de atividade. Ano passado foram 54 ao longo do ano. Somando os valores concedidos foram liberados mais de R$ 180 mil. As taxas são menores que os empréstimos concedidos por bancos.
Para formalizar o negócio, a pessoa precisa passar por apenas quatro passos. Buscar a Casa do Empreendedor, passar por uma capacitação, formalizar o empreendimento (reconhecer firma em cartório) e passar por treinamento, antes de pleitear o microcrédito.
A Casa do Empreendedor ainda oferece cinco oficinas gratuitas que podem ser realizadas em quatro dias. A equipe oferece no local como formalizar o empreendimento, auxílio na declaração do imposto de renda, oferece capacitação e auxilia na confecção do guia de recolhimento do INSS.
Para ter o microcrédito aprovado, o microempreendedor precisa fazer um cadastro, apresentar a documentação exigida, apresentar projeto, aguardar a visita técnica ao local, ter seis meses de experiência. Todos os casos são analisados pelo setor de microcrédito.
Luciano Costa formalizou um empreendimento e diz que recomenda. No início, ele e a família tinham uma pequena loja de artesanato. Depois de passar pela Casa do Empreendedor e do microcrédito conseguiu expandir as atividades. Atualmente, a Art de Cosutar, no bairro Lagomar, além da loja a família possui uma fábrica que confecciona produtos de cama, mesa, banho, decoração e artesanato.
"Nosso carro chefe são as peças de utilidades diárias como cama, mesa e banho, mas também produzimos artesanato. Hoje, 80% do que produzimos é sob encomenda. O mais interessante é que o cliente passa por todo processo de produção, desde a escolha do tecido, tamanho das peças e a entrega. Os produtos variam entre R$ 50 um conjunto americano até R$ 480, um jogo de quarto completo", explicou.
"O objetivo é tornar é desburocratizar a vida do cidadão, do empreendedor. O que nós queremos é aumentar o acesso para que uma ideia se torne possível, realidade. Então nós temos uma equipe preparada para recepcionar, informar e formar o microempreendedor", resumiu Vandré Guimarães, presidente do Fumdec. "Vamos ganhar agilidade e possibilidade de crescimento econômico muito maior", completou.
Léo Costa é tatuador. No mesmo dia que a equipe do G1 esteve na Casa do Empreendedor para conhecer as práticas e a rotina de regularização de empreendimentos, ele procurou o local para formalizar o novo estúdio de tatuagem.
"Estou buscando a formalização. Estou com um espaço novo para tatuar. Atualmente trabalho para uma pessoa e agora chegou o momento de abrir meu próprio estúdio. Estou empolgado e espero que o Fumdec me ajude a dar certo", contou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário